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Fórum Internacional de Fruticultura enfoca necessidades para ampliar vendas no mercado interno e externo
O V Fórum Internacional da Fruticultura foi realizado na manhã de quinta-feira (25/09) e contou com três palestrantes que trataram sobre formas de ampliar os canais de venda dos fruticultores potiguares. O evento reuniu presidentes de associações e cooperativas de produtores, empresários da cadeia produtiva da fruticultura, representantes do governo, compradores internacionais e traders, objetivando apresentar as características dos principais canais de venda da fruticultura potiguar (mercado doméstico, internacional e compras governamentais), descrevendo o perfil de consumo e peculiaridades de cada processo de negociação.
A consultora do Sebrae de Pernambuco, Valdistela Cahu, iniciou a manhã falando sobre “As perspectivas das compras governamentais no campo” e mostrou aos produtores presentes como o setor público pode ser um mercado em potencial para a agricultura familiar. “Os produtores precisam aprender a se relacionar com esse mercado. Como exemplo temos a legislação do PNAE (Programa Nacional xxxxxx), que exige que governos estaduais e municipais adquiram 30 % dos produtos que suprem a merenda escolar de produtores da agricultura familiar. A dificuldade ainda está em esse produtor se organizar para atender a demanda desse mercado em potencial”, afirma.
O segundo tema abordado foi “A Fruticultura Brasileira e os Desafios dos Mercados interno e Externo Frutas Frescas” em que o gerente executivo da ABRAFRUTAS (Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados), Eduardo Brandão Costa, mostrou os principais desafios e dificuldades enfrentados pelos fruticultores no mercado externo e interno. “As principais dificuldades do produtor em relação ao mercado externo são nas exigências dos importadores e nas barreiras tarifárias e fitossanitárias. Já mercado interno ainda temos um problema muito grande com a logística. O produto sai como uma qualidade da fazenda e chega com outra qualidade para o consumidor”, disse Brandão. Ele ainda apontou outras desafios a ser enfrentados pelos produtores como: oscilação cambial, mão-de-obra qualificada, manejo correto, crédito para investir e custear a lavoura, buscar credibilidade e profissionalismo nas negociações internacionais, entre outras.
Tendo os Estados Unidos como um dos mercados mais promissores para exportação das frutas da região, a última palestra tratou justamente de apresentar quais as necessidade para se inserir nesse mercado com a palestra “Desmistificando o mercado americano” apresentada pelos executivos norte-americanos, Marcelo Baptista, da Gateway Global Trading Inc. e Peter Warren da Ayco Farms Inc. De acordo com Marcelo Baptista, o mercado americano é muito competitivo e exigente, mas vê o brasileiro com muita simpatia. “O Brasil é moda lá. A visibilidade proporcionada pela Copa do Mundo e as Olimpíadas tem sido muito grande e criado uma curiosidade em relação ao nosso país e a tudo que é produzido aqui. Temos que aproveitar esse momento”, aconselhou.
Ainda de acordo com o executivo da Gateway Global, atualmente, o Brasil possui somente 1,23% do market shareamericano. Os Estados Unidos são a terceira maior população mundial, é um importante consumidor de alimentos, bebidas e produtos do agronegócio, uma população esta que tem aumentado o consumo de uma alimentação mais saudável devido as campanhas do governo para diminuir a obesidade. Também é um mercado fortemente dependente de importações e tem entre as principais frutas exportadas: banana, melão, melancia, mamão, manga e uva. O V Fórum de Fruticultura foi encerrado com um bate-papo entre os palestrantes e o público presente.
Na parte da tarde a programação contará as palestras, que serão realizadas das 14h às 18h, na sede do IDIARN e no auditório do CTARN, na Ufersa, com os seguintes temas: Atuação da Embrapa Mandioca e Fruticultura no Rio Grande do Norte, Central de Frutas: Um Caso de Sucesso (CFRUTAR); Programa Comércio Brasil – SEBRAE/RN; Culturas da Pereira e da Macieira nas Áreas Irrigadas do Nordeste; Situação e Perspectivas do Uso de Mudas Clonais e de Porta Enxerto em Mamoeiro e Projeto de Polinizadores do Meloeiro; Citricultura em Base Ecológica; Pragas Quarentenárias de Importância Econômica para a Fruticultura do RN (Cucurbitáceas, Banana, Mamão) com ênfase em: "RN Livre de Moko da Bananeira"; Área Livre de Mosca das Frutas e a Proposta de Ampliação para o RN e Uso Adequado de Agrotóxico no Agronegócio e Boas Práticas.
Expofruit
Com o tema “Venha conhecer o precioso sabor da nossa região”, a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada – EXPOFRUIT, principal evento do setor no Brasil, segue até amanhã, no Expocenter/UFERSA, em Mossoró, com a expectativa de movimentar R$ 20 milhões e de receber um público de 30 mil pessoas nos três dias da feira.
A Expofruit 2014 é realizada por meio de uma parceria entre o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio Grande do Norte.