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O Mercado de Exportação de Frutos Tropicais

O produtor de frutos tropicais está vivenciando um problema decorrente da valorização do dólar frente ao euro. Como a Europa é o principal mercado de exportação de frutos tropicais produzidos no Semiárido, a desvalorização do euro frente ao dólar provoca problemas de redução nos volumes de frutos que os importadores fariam com os contratos fechados em euro.

A situação representa mais uma dificuldade para o produtor de frutos tropicais na nossa região, uma vez que já está tentando administrar uma elevação de cerca de 30% nos custos do produto com a elevação dos preços de combustível e insumos (sementes, fertilizantes e agroquímicos, embalagem e frete marítimo).

Os contratos são estipulados em euro ou em dólar. No caso do cliente externo que paga em euro, ele tem que desembolsar um incremento de 30% decorrente dos insumos e mais o valor em razão da desvalorização do euro. Isso implica em menor volume de fruta a ser importada.

Outro grande problema enfrentado pelo produtor de frutos tropicais é decorrente da instabilidade do transporte marítimo, como falta de navios e a logística de alguns portos, como por exemplo o Porto de Natal.

Nessa linha, os produtores e exportadores de melão, melancia, mamão formosa, manga e uva do Semiárido para a Europa e Estados Unidos sofrem com os custos elevados.

Um desses custos é ocasionado pela necessidade da certificação exigida pelos importadores e que impacta muito nas planilhas do produtor e, assim, a própria sustentabilidade econômica do produtor está em jogo. Os custos com certificação são elevados, apesar de não representar um insumo, mas que faz parte dos custos de produção.

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